terça-feira, 28 de julho de 2009

O que é GPL?

Se você já ouviu falar bem de Linux, com certeza já deve ter ouvido falar nesta sigla. GPL significa General Public License (ou traduzindo grosseiramente: Licença Pública Geral) e foi criada pela Free Software Foundation. A grande maioria dos programas que vêm nas distribuições Linux são de código-fonte aberto e usam esta licença. Uma licença serve para proteger o seu código quando ele for lançado para o público.

A licença GPL permite que o autor do código distribua livremente o seu código... Outras pessoas podem simplesmente pegar este código, modificar à suas próprias necessidades e usar à vontade. O único requerimento é que a pessoa que modificou deve lançar o código modificado em GPL e manter também o seu código aberto (e não apenas distribuir os binários). Isso tudo cria uma comunidade de desenvolvedores onde toda a ajuda é mútua e você pode pegar várias idéias de outros desenvolvedores simplesmente olhando o código deles. Além disso, você pode aproveitar e poder ajudar o desenvolvedor, criando correções e mandando-as para o autor.

É com essa licença que o kernel do Linux é liberado. É assim que o kernel tem seu desenvolvimento feito por várias e várias pessoas em todo o mundo. Estas pessoas pegam livremente o código-fonte do kernel, analizam-no e procuram por erros. Se encontrarem erros, escrevem correções e mandam para o Linus Torvalds. E não só correções, mas desenvolvedores também fazem novas implementações ao kernel e mandam para o Linus Torvalds organizar tudo. E é assim que temos hoje em dia este grande e bem feito e organizado kernel do Linux! É assim que a filosofia GPL funciona e funciona muito bem para criar uma comunidade de desenvolvedores justa! Eu pessoalmente apóio e muito a licença GPL, que para mim é simplesmente perfeita. Vivas à Free Software Foundation por criar esta licença! E vivas para os desenvolvedores que a utilizam para seus códigos! :)

segunda-feira, 27 de julho de 2009

Asus terá placa-mãe com USB 3.0

de julho de 2009 - A Asus fará a primeira placa-mãe com USB 3.0, mais rápido do que o padrão mais usado atualmente, o USB 2.0. A placa-mãe P6X58 Premium usará o primeiro dispositivo certificado do padrão USB 3.0, desenvolvido pela empresa japonesa NEC.

A P6X58 Premium é uma placa de alto desempenho da Asus. Preparada para o processador Intel Core i7, tem ainda seis entradas para memórias DDR3, três entradas PCI Express 2.0, e quatro entradas USB, sendo duas 3.0 e duas 2.0.

A placa-mãe tem interface SATA 3.0, capaz de velocidades de comunicação em até 6 Gbps, mais rápido inclusive que a própria entrada USB 3.0, que chega a 4.8 Gbps. Ainda não há previsão de quando a placa estará disponível.

Fibra Óptica

Fibra óptica é um filamento de vidro ou de materiais poliméricos com capacidade de transmitir luz. Tal filamento pode apresentar diâmetros variáveis, dependendo da aplicação, indo desde diâmetros ínfimos, da ordem de micrômetros (mais finos que um fio de cabelo) até vários milímetros.

A fibra óptica foi inventada pelo físico indiano Narinder Singh Kapany. Há vários métodos de fabricação de fibra óptica, sendo os métodos MCVD, VAD e OVD os mais conhecidos.

Índice

[esconder]

[editar] Como Funciona

A transmissão da luz pela fibra segue um princípio único, independentemente do material usado ou da aplicação: é lançado um feixe de luz numa extremidade da fibra e, pelas características ópticas do meio (fibra), esse feixe percorre a fibra por meio de reflexões sucessivas.

A fibra possui no mínimo duas camadas: o núcleo e o revestimento. No núcleo, ocorre a transmissão da luz propriamente dita. A transmissão da luz dentro da fibra é possível graças a uma diferença de índice de refracção entre o revestimento e o núcleo, sendo que o núcleo possui sempre um índice de refração mais elevado, característica que aliada ao ângulo de incidência do feixe de luz, possibilita o fenômeno da reflexão total.

As fibras ópticas são utilizadas como meio de transmissão de ondas electromagnéticas (como a luz) uma vez que são transparentes e podem ser agrupadas em cabos. Estas fibras são feitas de plástico ou de vidro. O vidro é mais utilizado porque absorve menos as ondas electromagnéticas. As ondas electromagnéticas mais utilizadas são as correspondentes à gama da luz infravermelha.

O meio de transmissão por fibra óptica é chamado de "guiado", porque as ondas eletromagnéticas são "guiadas" na fibra, embora o meio transmita ondas omnidirecionais, contrariamente à transmissão "sem-fio", cujo meio é chamado de "não-guiado". Mesmo confinada a um meio físico, a luz transmitida pela fibra óptica proporciona o alcance de taxas de transmissão (velocidades) elevadíssimas, da ordem de dez elevado à nona potência a dez elevado à décima potência, de bits por segundo (cerca de 1Gbps), com baixa taxa de atenuação por quilômetro. Mas a velocidade de transmissão total possível ainda não foi alcançada pelas tecnologias existentes. Como a luz se propaga no interior de um meio físico, sofrendo ainda o fenômeno de reflexão, ela não consegue alcançar a velocidade de propagação no vácuo, que é de 300.000 km/segundo, sendo esta velocidade diminuída consideravelmente.

Cabos fibra óptica atravessam oceanos. Usar cabos para conectar dois continentes separados pelo oceano é um projecto monumental. É preciso instalar um cabo com milhares de quilómetros de extensão sob o mar, atravessando fossas e montanhas submarinas. Nos anos 80, tornou-se disponível, o primeiro cabo fibra óptica intercontinental desse tipo, instalado em 1988, e tinha capacidade para 40.000 conversas telefônicas simultâneas, usando tecnologia digital. Desde então, a capacidade dos cabos aumentou. Alguns cabos que atravessam o oceano Atlântico têm capacidade para 200 milhões de circuitos telefônicos.

Para transmitir dados pela fibra óptica, é necessário um equipamento especial chamado infoduto, que contém um componente fotoemissor, que pode ser um diodo emissor de luz (LED) ou um diodo laser. O fotoemissor converte sinais elétricos em pulsos de luz que representam os valores digitais binários (0 e 1).

[editar] Vantagens

Em Virtude das suas características, as fibras ópticas apresentam bastantes vantagens sobre os sistemas eléctricos:

- Dimensões Reduzidas

- Capacidade para transportar grandes quantidades de informação ( Dezenas de milhares de conversações num par de Fibra);

- Atenuação muito baixa, que permite grandes espaçamentos entre repetidores, com distância entre repetidores superiores a algumas centenas de quilómetros.

- Imunidade às interferências electromagnéticas;

- Matéria-prima muito abundante;

[editar] Desvantagens

- Custo ainda elevado de compra e manutenção;

[editar] Aplicações

Uma característica importante que torna a fibra óptica indispensável em muitas aplicações é o facto de não ser susceptível à interferência electromagnética, pela razão de que não transmite pulsos elétricos, como ocorre com outros meios de transmissão que empregam os fios metálicos, como o cobre. Podemos encontrar aplicações do uso de fibra óptica na medicina (endoscopias por exemplo) como também em telecomunicações em substituição aos fios de cobre.

[editar] Tipos de fibras

As fibras ópticas podem ser basicamente de dois modos:

  • Monomodo:
    • Permite o uso de apenas um sinal de luz pela fibra.
    • Dimensões menores que as fibras ID.
    • Maior banda passante por ter menor dispersão.
    • Geralmente é usado laser como fonte de geração de sinal.
  • Multimodo:
    • Permite o uso de fontes luminosas de baixa ocorrência tais como LEDs (mais baratas).
    • Diâmetros grandes facilitam o acoplamento de fontes luminosas e requerem pouca precisão nos conectores.
    • Muito usado para curtas distâncias pelo preço e facilidade de implementação.

o que é o orby?


a Telefônica já disponibiliza – a princípio somente em São Paulo - o Orby, aparelho de telefone residencial com tela sensível ao toque e conexão à internet por meio de banda larga. Ele permite o acesso, por meio de teclas, a serviços de notícias, guia de restaurantes, cinema, previsão do tempo etc, além de funcionar como telefone fixo. De acordo com a empresa, o Brasil é o primeiro país do mundo a contar com a novidade. Conteúdos de jornais, revistas, portais de notícias e sites como o Flickr e o YouTube, entre outros, estão disponíveis no Orby. O aparelho também pode ser usado para fazer chamadas VoIP e ouvir rádio, além de outras atividades. O preço é de R$ 1,6 mil,

sábado, 25 de julho de 2009

trend makers

http://olhardigital.uol.com.br/trend_makers/video_wide.php?id_conteudo=8765&/CONHECA+OS+BASTIDORES+DO+COMERCIO+ELETRONICO

segunda-feira, 20 de julho de 2009

Como deixar minha internet mais rápida? OpenDNS é a luz no fim do túnel.

Quem nunca reclamou da velocidade de sua conexão com a internet é um afortunado. E pode parar de ler esse post neste ponto, já que a dica do dia é para os usuários que querem tentar uma forma de fazer com que o carregamento das páginas ocorra mais rapidamente.

Para isso, primeiro é preciso entender como o DNS (ou Domain Name Servers) funciona. Se você tem um site, certamente já teve que esperar o DNS propagar, mas para a maioria das pessoas esse elemento da internet fica completamente despercebido.

Basicamente, quando você acessa um site através do endereço dele (como http://tecnoblog.net) ou endereço de e-mail (como noreply@tecnoblog.net), na verdade esses nomes são apenas para facilitar a memorização. Ao pressionar o botão “Ir” do seu navegador, ele faz a requisição de acessar o site e começa a procurar o endereço real, que é um conjunto de números: o IP (o IP do servidor do Tecnoblog, no momento em que esse post foi escrito, era 70.32.75.243).

Como eu disse, isso é invisível para a maioria de nós. A grande possibilidade de acelerar a conexão a partir do uso de um provedor de DNS decente é que ele faz com mais facilidade o caminho entre o endereço do site, em palavras, e a localização do servidor do site, em números.

Sempre que o usuário faz sua conexão com a internet, utiliza como padrão o provedor de DNS do prestador de serviço de internet. Quem se conecta pela internet discada do Ig, por exemplo, acaba utilizando o provedor de DNS do próprio Ig; quem se conecta via Speedy, a banda larga da Telefônica, utiliza o provedor de DNS da própria Telefônica. O problema é que os serviços de DNS desses provedores geralmente são lentos e não se mantêm atualizados, de modo que demora demais para que o acesso a um site seja feito.

Pensando nisso, foi fundada em 2006 a OpenDNS. É uma empresa de internet que presta somente o serviço de resolução de DNS. Eles possuem um enorme banco de dados, que armazenam as requisições e as tornam muito mais rápidas. Sem falar que possuem seis servidores centrais nos Estados Unidos e no Reino Unido (quando os provedores de internet brasileiros costumam ter apenas um servidor desse tipo).

Entendendo toda essa parte sobre como DNS funciona e qual é o objetivo da OpenDNS, vamos à parte prática: trocar o provedor de serviço DNS padrão da sua conexão pelo oferecido pela OpenDNS é simplíssimo. Pode ser feito de duas maneiras: no firmware do modem, ou nas configurações do computador.

OpenDNS no modem/roteador

Para quem usa internet banda larga, a melhor opção é inserir as configurações da OpenDNS no próprio modem. Como os softwares que os modems rodam são bastante diferentes, fica complicado dizer como fazer a alteração em cada aparelho existente no mundo. O importante é procurar algo como “DNS Setup” ou “DNS Configuration”.

Configurando a OpenDNS no modem D-Link G624T

Configurando a OpenDNS no modem D-Link G624T

Em casa eu uso o modem/roteador D-Link G624T. A configuração nele fica como na imagem acima. Na primeira linha para inserir o servidor DNS, eu coloquei 208.67.222.222. Na segunda linha, insira 208.67.220.220. Após confirmar as informações e pressionar “Apply”, o modem já está usando a OpenDNS como serviço de DNS padrão – e para todos os computadores da rede.

A OpenDNS montou uma enorme lista com os principais modems e roteadores vendidos atualmente. Ainda que seja em inglês, dá para visualizar nessa página como configurar o seu aparelho.

OpenDNS no computador

Mais uma vez, cada sistema operacional tem sua própria forma de chegar às configurações de DNS. Na OpenDNS você encontra instruções, mas todas em inglês. Como o Windows XP ainda é o OS mais usado no mundo, vamos saber como mudar o serviço de DNS nele: vá em Iniciar > Painel de Controle > Conexões de Rede > clique com o botão direito do mouse na conexão que você utiliza e selecione Propriedades. Na guia Geral há uma listagem de itens que a conexão usa. Você precisa clicar no último deles, o Protocolo TCP/IP.

Marque a caixa que diz “Usar os seguintes endereços de servidor DNS”. Em seguida, insira os seguintes dados:

  • Servidor DNS preferencial: 208.67.222.222.
  • Servidor DNS alternativo: 208.67.220.220.

Clique nos botões “OK” duas vezes e pronto. Seu computador já está usando a OpenDNS como provedor de serviço DNS. Caso você esteja usando o Windows Vista, o procedimento é bastante semelhante. A única diferença é que, quando entrar no Painel de Controle, você deve selecionar na barra lateral para visualizar as opções em formato Clássico. Também é preciso prestar atenção para selecionar o Protocolo de Internet Versão 4 (ou TCP/IPv4). Deve ficar parecido com a imagem abaixo.

Configurando a OpenDNS em cada PC individualmente (Windows Vista)

Configurando a OpenDNS em cada PC individualmente (Windows Vista)

Ok, já instalei. E agora?

É provável que o seu computador ainda leve um tempo para utilizar completamente a resolução de servidores DNS da OpenDNS. Para agilizar esse processo, pressione e segure a Winkey (tecla com o símbolo do Windows, que fica ao lado do Ctrl esquerdo) seguida da letra R. Quando a caixa de diálogo Executar abrir, digite cmd e pressione Enter. Agora, digite ipconfig /flushdns e pressione Enter novamente. Muito provavelmente o computador limpou os resquícios de resoluções DNS que estavam salvos nele.

Para confirmar de vez que você já está usando o serviço provido pela OpenDNS, tanto através da mudança de configuração no computador quanto no modem, abra seu navegador e tente acessar o endereço http://www.opendns.com/welcome/. Se você der de cara cara com a imagem abaixo, é sinal de que deu tudo certo. A partir de agora sua navegação será mais rápida, porque você chegará ao site que deseja visitar com mais rapidez.

Mensagem de boas vindas da OpenDNS. Clique para ampliar.

Mensagem de boas vindas da OpenDNS. Clique para ampliar.

Claro que se você tem uma conexão discada, não adianta que não vai conseguir acessar uma página como se tivesse conexão de 100mbps japonesa. Mas a dica continua valendo, principalmente porque não corremos mais o risco de ficar sem acessar um site porque o IP dele mudou mas o servidor DNS mequetrefe que atende o provedor de internet não foi atualizado.

Num próximo artigo aqui no Tecnoblog, irei tratar de outras funcionalidades gratuitas que a OpenDNS oferece e que poderão facilitar sua navegação diária ou mesmo ajudá-lo a proteger seus filhos de conteúdo impróprio ou indesejável.

Use o OpenDNS e fuja das barrigadas da Telefônica

Nos últimos anos foram frequentes os problemas de acesso a internet dos clientes Speedy. O mais “impressionante” (ou “triste”) é que na maioria dos casos o que causou o erro de acesso não foi a rede em si, e sim os trágicos servidores DNS da Telefônica.

DNS? Que porra é essa?

DNS: Domain Name Server. Explicando rapidamente, são os servidores responsáveis em traduzir os domínios (como www.febox.com.br) em seu endereço real (IP). Praticamente tudo conectado na internet possui um endereço IP, e os domínios foram nomes amigáveis criados para facilitar a memorização dos sites e serviços.

Ou seja, nos últimos períodos de instabilidade que os clientes Telefônica enfretaram, se você digitasse em seu browser o endereço: http://208.69.32.230, você cairia no Google normalmente. Mas se digitasse: http://www.google.com.br, você não cairia em lugar nenhum, pois o problema era exatamente com o servidor DNS utilizado no Speedy. E todos acreditavam que era um problema de acesso, quando era um simples problema no terrível servidor DNS da operadora.

Mas isso faz tempo… porque esse post agora?

Bom, ontem chegou ao Twitter a informação que a Telefônica bloqueou uma lista de domínios em seus servidores DNS. Isso significa que os clientes Speedy não podem mais acessar tais sites, o que eles decidiram (utilizando critérios próprios) sem consultar seus clientes. Os sites bloqueados permanecem secretos, se você é cliente Telefônica e tentar acessar algum desses domínios, simplesmente receberá a informação que o site não existe.

Entre os domínios bloqueados, está o do migre.me (encurtador de URLs que contabiliza os clicks e re-tweets muito utilizado no Twitter) . Veja a resposta da Telefônica para Jonny Ken, o criador do migre.me:

jonnyken posta a resposta da ouvidoria da Telefônica

E eu sou cliente Speedy e não tive problema algum, continuo usando o migre.me (da mesma maneira que das últimas vezes que o serviço ficou “fora do ar” eu acessei a internet normalmente).

Como? Porque? Quando? Onde?

OpenDNS
É aí que entra o OpenDNS. O serviço é utilizado por milhões de usuários e empresas ao redor do mundo e com uma configuração extremamente fácil você também pode fugir dos problemas infantis que ocorrem frequentemente com o Speedy, seus bloqueios e navegar mais seguramente.

Eu utilizo o OpenDNS há anos, pois enfrentei enormes problemas no passado para acessar o serviço online do meu Xbox 360 – que foram resolvidos apenas trocando o DNS do Speedy. Desde então, só fico sabendo das barrigadas da Telefônica quando me contam.

- Se você conecta o modem do Speedy diretamente na máquina (ou se conecta via roteador mas deseja mudar o DNS apenas em 1 computador):

Entre em Conexões de Rede (ou Network Connections), clique com o botão direito na conexão do Speedy e em Propriedades (Properties).

Selecione a opção TCP/IPv4 e clique em Propriedades (Properties) novamente.

Propriedades da conexão de rede
Marque a opção Usar o seguinte endereço DNS (Use the following DNS server addresses) e na primeira caixa digite 208.67.222.22 e em DNS Alternativo 208.67.220.220 (conforme imagem abaixo).

Opções TCP/IPv4: Servidores DNS

E pronto. Reinicie a máquina (ou apenas a conexão) para ter certeza que está utilizando os novos servidores DNS.

- Se você conecta o Speedy em um roteador e desejar utilizar automaticamente o OpenDNS em todos os computadores que se conectarem por ele:

A grande maioria dos roteadores fornecem a opção de alterar o servidor DNS da conexão com a internet para todas as máquinas. Como não é possível abrangir nesse post todos os roteadores que existem, mostrarei como faço no meu pessoal (um D-Link DI-634M).

Primeiro, acesso o painel de administração via browser (geralmente: http://192.168.0.1). Acesso a aba “Home”, a opção lateral “WAN” (aonde é configurado os dados de conexão do Speedy, como usuário e senha, modo PPPoE, etc – procure essa opção em seu roteador).

Painel de administração do D-Link DI-634M

Logo abaixo existem 2 campos, DNS Primário e Secundário. Basta preenchê-los com os valores: 208.67.222.222 (primário) e 208.67.220.220 (secundário).

Servidores DNS utilizados em todas as conexões a internet pelo roteador.

Pronto. Todos os seus dispositivos agora utilizam os servidores OpenDNS e não caem nos bloqueios estúpidos da Telefônica, na instabilidade frequente, etc. No meu caso, apenas com essa configuração no servidor meus videogames, meu note, meu servidor, ficam todos imunes ao péssimo DNS e atitudes da Telefônica.

Para testar se sua conexão está imune ao bloqueio recente do migre.me, clique AQUI e veja meus últimos tweets utilizando esse ótimo serviço encurtador de URLs.

Observação: O OpenDNS também oferece serviços mais avançados e customizáveis para usuários avançados e/ou empresas. Cobri aqui apenas uma maneira pessoal de contornar um problema que não deveria existir com o serviço ADSL da Telefônica.

O que É IP ???

Vc pode ver seu IP no>>> http://www.meuip.com.br/

O que é IP?
O endereço IP, de forma genérica, pode ser considerado como um conjunto de números que representa o local de um determinado equipamento (normalmente computadores) em uma rede privada ou pública.

Para um melhor uso dos endereços de equipamentos em rede pelas pessoas, utiliza-se a forma de endereços de domínio, tal como "www.wikipedia.org". Cada endereço de domínio é convertido em um endereço IP pelo DNS. Este processo de conversão é conhecido como resolução de nomes de domínio.

Notação

O endereço IP, na versão 4 (IPv4), é um número de 32 bits escrito com quatro octetos e no formato decimal (exemplo: 128.6.4.7). A primeira parte do endereço identifica uma rede específica na inter-rede, a segunda parte identifica um host dentro dessa rede. Devemos notar que um endereço IP não identifica uma máquina individual, mas uma conexão à inter-rede. Assim, um gateway conectando à n redes tem 'n' endereços IP diferentes, um para cada conexão.

Os endereços IP podem ser usados tanto para nos referir a redes quanto a um host individual. Por convenção, um endereço de rede tem o campo identificador de host com todos os bits iguais a 0 (zero). Podemos também nos referirmos a todos os hosts de uma rede através de um endereço por difusão, quando, por convenção, o campo identificador de host deve ter todos os bits iguais a 1 (um). Um endereço com todos os 32 bits iguais a 1 é considerado um endereço por difusão para a rede do host origem do datagrama. O endereço 127.0.0.1 é reservado para teste (loopback) e comunicação entre processos da mesma máquina. O IP utiliza três classes diferentes de endereços. A definição de tipo de endereço classes de endereços deve-se ao fato do tamanho das redes que compõem a inter-rede variar muito, indo desde redes locais de computadores de pequeno porte, até redes públicas interligando milhares de hosts.

Existe uma outra versão do IP, a versão 6 (IPv6) que utiliza um número de 128 bits. Com isso dá para utilizar 25616 endereços.

O endereço de uma rede (não confundir com endereço IP) designa uma rede, e deve ser composto pelo seu endereço (cujo último octeto tem o valor zero) e respectiva máscara de rede (netmask).

[editar] Resolving

Os endereços da Internet são mais conhecidos pelos nomes associados aos endereços IP (por exemplo, www.wikipedia.org). Para que isto seja possível, é necessário traduzir (resolving) os nomes em endereços IP. O Domain Name System (DNS) é um mecanismo que converte nomes em endereços IP e endereços IP em nomes. Assim como o endereçamento CIDR, os nomes DNS são hierárquicos e permitem que faixas de espaços de nomes sejam delegados a outros DNS.

Classes de endereços
Os números de rede e de host para as classes A, B e C
Os números de rede e de host para as classes A, B e C

Originalmente, o espaço do endereço IP foi dividido em poucas estruturas de tamanho fixo chamados de "classes de endereço". As três principais são a classe A, classe B e classe C. Examinando os primeiros bits de um endereço, o software do IP consegue determinar rapidamente qual a classe, e logo, a estrutura do endereço.

* Classe A: Primeiro bit é 0 (zero)
* Classe B: Primeiros dois bits são 10 (um, zero)
* Classe C: Primeiros três bits são 110 (um, um, zero)
* Classe D: (endereço multicast): Primeiros quatro bits são: 1110 (um,um,um,zero)
* Classe E: (endereço especial reservado): Primeiros cinco bits são 11110 (um,um,um,um,zero)


A tabela seguinte contém o intervalo das classes de endereços IPs
Classe Gama de Endereços N.º Endereços por Rede
A 1.0.0.0 até 127.255.255.255 16 777 216
B 128.0.0.0 até 191.255.255.255 65 536
C 192.0.0.0 até 223.255.255.255 256
D 224.0.0.0 até 239.255.255.255 multicast
E 240.0.0.0 até 247.255.255.255 uso futuro

[editar] Classes especiais

Existem classes especiais na Internet que não são consideradas públicas, i.e., não são consideradas como endereçáveis, são reservadas, por exemplo, para a comunicação com uma rede privada ou com o computador local ("localhost").
Blocos de Endereços Reservados CIDR Bloco de Endereços Descrição Referência
0.0.0.0/8 Rede corrente (só funciona como endereço de origem) RFC 1700
10.0.0.0/8 Rede Privada RFC 1918
14.0.0.0/8 Rede Pública RFC 1700
39.0.0.0/8 Reservado RFC 1797
127.0.0.0/8 Localhost RFC 3330
128.0.0.0/16 Reservado (IANA) RFC 3330
169.254.0.0/16 Zeroconf RFC 3927
172.16.0.0/12 Rede Privada RFC 1918
191.255.0.0/16 Reservado (IANA) RFC 3330
192.0.0.0/24
192.0.2.0/24 Documentação RFC 3330
192.88.99.0/24 IPv6 para IPv4 RFC 3068
192.168.0.0/16 Rede Privada RFC 1918
198.18.0.0/15 Teste de benchmark de redes RFC 2544
223.255.255.0/24 Reservado RFC 3330
224.0.0.0/4 Multicasts (antiga rede Classe D) RFC 3171
240.0.0.0/4 Reservado (antiga rede Classe E) RFC 1700
255.255.255.255 Broadcast

[editar] Localhost

A faixa de IP 127.0.0.0 – 127.255.255.255 (ou 127.0.0.0/8 na notação CIDR) é reservada para a comunicação com o computador local (localhost). Qualquer pacote enviado para estes endereços ficarão no computador que os gerou e serão tratados como se fossem pacotes recebidos pela rede (Loopback).

O endereço de loopback local (127.0.0.0/8) permite à aplicação-cliente endereçar ao servidor na mesma máquina sem saber o endereço do host, chamado de "localhost".

Na pilha do protocolo TCPIP, a informação flui para a camada de rede, onde a camada do protocolo IP reencaminha de volta através da pilha. Este procedimento esconde a distinção entre ligação remota e local.

[editar] Redes privadas

Dos mais de 4 bilhões de endereços disponíveis, três faixas são reservadas para redes privadas.Estas faixas não podem ser roteadas para fora da rede privada - não podem se comunicar diretamente com redes públicas. Dentro das classes A,B e C foram reservadas redes (normalizados pela RFC 1918) que são conhecidas como endereços de rede privados. A seguir são apresentados as três faixas reservadas para redes privadas:

[editar] Dica

Ao configurar um servidor DHCP, é necessário habilitar um endereço de broadcast.
Classe Faixa de endereços de IP Notação CIDR Número de Redes Número de IPs IPs por rede
Classe A 10.0.0.0 – 10.255.255.255 10.0.0.0/8 126 16.777.215 16.777.216
Classe B 172.16.0.1 – 172.31.255.254 172.16.0.0/12 16.382 1.048.576 65 534
Classe C 192.168.0.0 – 192.168.255.255 192.168.0.0/16 2.091.150 65.535 256

Redes privadas podem ser criadas também por meio do Zeroconf. A finalidade do Zeroconf é fornecer um endereço IP (e, consequentemente, a conectividade entre as redes) sem usar um servidor DHCP e sem ter de configurar a rede manualmente. A subrede 169.254/16 foi reservada para esta finalidade. Dentro desta faixa, as subredes 169.254.0/24 e 169.254.255/24 foram reservadas para uso futuro.

Aff...
Da net fica muito ruim aki mas veja no site>>> http://pt.wikipedia.org/wiki/Endere%C3%A…
Ai vai uma dica: Nunca forneça seu IP á ninguém! Apesar que eles podem descobrir assim vc pode pegar vírus!
xD

Fonte(s):

segunda-feira, 13 de julho de 2009

Entenda o que é um netbook para não errar na hora da compra

variedade de computadores pessoais disponíveis atualmente nas lojas pode confundir o consumidor e interferir na hora da compra. Muitos não sabem, por exemplo, que as diferenças entre os notebooks e os netbooks não se resumem ao tamanho.

Os netbooks, além de menores, são considerados “ultra-portáteis” e usados por quem quer ter mobilidade para acesso à internet e entretenimento multimídia. Eles não têm desempenho suficientemente bom para abusar da execução simultânea de aplicativos, já que são feitos para atividades simples. Outro detalhe é que não possuem leitor de CD ou DVD. A conectividade é o grande diferencial do “net”, já que quase todos eles têm conexão sem fio e bluetooth.

De acordo com a HP, que tem a linha “Mini” de netbooks, o uso destes produtos é recomendado para quem já tem um computador em casa e precisa de mais opções para estar conectado.

Quanto ao mercado, a previsão da HP é só uma: expansão. De acordo a empresa, o mercado de netbooks ocupa 5% do mercado total dos computadores portáteis e a previsão é de que esta porcentagem suba para 10% em 2010.

Lançamento
Um dos lançamentos mais recentes na área de netbooks é o HP Mini 1150, que já vem com a placa 3G integrada. O computador será vendido pela operadora TIM e deve chegar ao consumidor final na segunda quinzena de julho.

domingo, 12 de julho de 2009

Entenda para que serve o clock do processador de seu micro

Sempre que falamos de desempenho do computador, a primeira coisa que pensamos é na velocidade. Mas será que quanto mais veloz, melhor? Nem sempre. São muitos fatores que influenciam. Ao analisar os componentes da máquina, nos deparamos com diversos números e palavras técnicas, como é o caso do Clock. Em resposta a dúvida de leitores, o WNews mostra como essa tecnologia funciona e qual sua importância dentro do PC.

Tudo gira em torno do processador, o “coração” do sistema. Também chamado de microprocessador ou CPU (Central Processing Unit), é o encarregado de processar informações. A maneira como será essa operação dependerá do programa, que pode ser desde um editor de textos até mesmo um jogo. Para o processador isso não faz a menor diferença, pois ele apenas obedece às ordens (chamadas de comandos ou instruções) contidas no software, que podem ser para um simples cálculo matemático ou para enviar um dado complexo para a placa de vídeo, por exemplo.

O que é o Clock

Em um computador, para que o funcionamento seja perfeito todas as atividades necessitam de sincronização. O clock serve justamente para isso, atuar como um sinal para sincronizar as atividades. Ele é gerado por um cristal de quartzo, que vibra alguns milhões de vezes por segundo, com uma precisão quase absoluta.

Estas vibrações são usadas para “ajustar” os ciclos da placa-mãe, que sabe que a cada vibração do cristal deve gerar um determinado número de ciclos de processamento. O funcionamento de todos os periféricos, da placa de vídeo ao disco rígido é coordenado por este “relógio”, que os faz trabalharem simultaneamente e sem engasgos.

Portanto, em cada pulso de clock os dispositivos executam suas tarefas, param e vão para o próximo ciclo. Tecnicamente falando, o pulso é uma onda quadrada passando de “0” a “1” a uma taxa fixa, em que o início de cada ciclo é quando o sinal passa de “0” a “1”. Sua unidade de medida é em Hertz (Hz), que significa o número de etapas por segundo. Um processador de 100MHz indica que em um segundo há 100 milhões de ciclos de clock.

Dentro do CPU todas as instruções precisam de certo número de ciclos para serem executadas. O processador sabe quantos ciclos cada instrução vai demorar, pois tem uma tabela que lista todos os tipos de informações. Então, se há duas instruções para execução e a primeira vai levar sete ciclos de clock, a segunda iniciará automaticamente no oitavo pulso.

É claro que esta é uma explicação simplificada sobre o processador, e com apenas uma unidade de execução – processadores mais novos possuem muitas unidades de execução trabalhando em paralelo, capazes de executar várias tarefas simultaneamente.

É importante ressaltar que cada processador tem um projeto distinto e conta com características que determinam sua velocidade. No caso de dois chips completamente idênticos, o que estiver rodando a uma taxa de clock mais alta será o mais rápido. Neste caso, com uma taxa mais alta o tempo entre cada ciclo será menor, e as tarefas serão desempenhadas em menos tempo, resultando em uma performance maior.

Multiplicação de Clock

Mas a elevação dos clocks passou por algumas restrições. Como os processadores atuais atingem freqüências elevadas, muito superiores às placas-mãe, os fabricantes de chips começaram a usar um novo conceito. O objetivo é evitar que os processadores fiquem limitados à freqüência da placa-mãe, chamado multiplicação de clock. Foram desenvolvidos o clock interno e externo.

Dentro de qualquer computador os dados são transmitidos e gerenciados na forma de sinais elétricos. O processador é muito pequeno, mede em torno de 1,5 centímetros quadrados. A placa-mãe por sua vez é muito maior que isso, com várias trilhas (ou caminhos). Essas trilhas são fios que conectam vários circuitos do computador. O problema é que, com taxas de clock muito altas, esses fios começaram a funcionar como antenas. Por isso o sinal, ao invés de chegar à outra extremidade do fio simplesmente desaparecia, sendo transmitido como uma onda de rádio.

Por estar restrita à placa-mãe, a freqüência do processador não é fixa. Pode ser maior ou menor do que o especificado, dependendo de como a placa-mãe estiver configurada (É neste ponto que usuários avançados costumam mexer nas velocidades para fazer overclocks, ou seja, fazer com que o processador trabalhe com taxa superior à recomendada pelo fabricante).

Desenvolvido há muitos anos, desde os computadores 486 (e usado em todos os processadores atualmente) o clock externo é usado quando dados são transferidos para a memória RAM (usando um chip controlador da placa-mãe, chamado de “ponte norte”), para um clock interno mais alto. Por exemplo, em um Pentium4 de 3GHz a velocidade de 3GHz refere-se ao clock interno do processador, que é obtido quando multiplicamos por 15 seu clock externo de 200 MHz.

Por terem valores muito distintos, diversas técnicas são usadas para minimizar o impacto da diferença de clock interno e externo. Uma delas é o uso de maior memória cache dentro do processador, e a mais comum é transferir mais de um dado por pulso de clock. Tanto a AMD como a Intel, mais conhecidas fabricantes de chips, usam esse tipo de recurso. Os processadores da AMD transferem dois dados por ciclo de clock e os da Intel quatro dados por ciclo de clock.

Com a transferência de dois dados por ciclo, com clock externo de 100MHz, é na verdade como se o processador o fizesse a 200MHz. Como podemos ver, não é apenas o clock que mostra o desempenho do computador.

Portanto, o recurso de multiplicação de clock é indispensável atualmente, pois sem ele seria impossível desenvolver processadores muito rápidos, já que não é possível aumentar a freqüência das placas-mãe e dos demais periféricos na mesma proporção do aumento do clock nos processadores.

core 2 duo e dual core

Meu irmão, os processadores da intel, Dual Core e o Core 2 Duo, fisicamente não possue nenhuma diferença, pois ambos possuem dois núcleos físicos de processamento, as diferenças básicas entre eles são:

O Clock Interno: Frequencia que o processador trabalha, o Core 2 Duo é bem mais rapido!

A memoria CACHE: O Core 2 Duo tem uma memoria CACHE L2 maior que o do Dual Core!

E a grande diferença, ou seja a primordial diferença entre os dois processadores da intel.

O Core 2 Duo tem uma tecnologia que alem dos dois núcleos físicos que ele possue, ele tambem consegue emular, ou seja, criar dois nucleos virtuais, iguais aos físicos somando assim quatro núcleos, dois físicos e dois virtuais, aumentando significativamente sua potencia em relação ao dual core!

Existem mais diferenças entres os dois como a tecnologia aplicada na produção de ambos, o tamanho dos transistores enfim, coloquei acima as principais mudanças ou as que mais entereçaria a vc!

processadores

Meu irmão, os processadores da intel, Dual Core e o Core 2 Duo, fisicamente não possue nenhuma diferença, pois ambos possuem dois núcleos físicos de processamento, as diferenças básicas entre eles são:

O Clock Interno: Frequencia que o processador trabalha, o Core 2 Duo é bem mais rapido!

A memoria CACHE: O Core 2 Duo tem uma memoria CACHE L2 maior que o do Dual Core!

E a grande diferença, ou seja a primordial diferença entre os dois processadores da intel.

O Core 2 Duo tem uma tecnologia que alem dos dois núcleos físicos que ele possue, ele tambem consegue emular, ou seja, criar dois nucleos virtuais, iguais aos físicos somando assim quatro núcleos, dois físicos e dois virtuais, aumentando significativamente sua potencia em relação ao dual core!

Existem mais diferenças entres os dois como a tecnologia aplicada na produção de ambos, o tamanho dos transistores enfim, coloquei acima as principais mudanças ou as que mais entereçaria a vc!

Processadores 'dual core consomem menos energia e são mais eficientes

No final de 2004, o então CEO da Intel, Craig Barrett, anunciou que a empresa cancelaria a fabricação do esperado processador Pentium 4 com 4 GHz, conhecido pelo codinome de “Prescott”.

A justificativa de Barrett era clara: a empresa experimentava dificuldades em desenvolver um produto mais rápido que seus antecessores que não aquecesse tanto pelo exagerado consumo de energia.

A solução proposta pela Intel passa pelo ditado popular de que “duas cabeças pensam melhor que uma” - ao invés de sofisticar um processador, por que não usar dois para múltiplas tarefas?

> Conheça o computador quântico


Mas colocar dois processadores em uma mesma máquina não implica em problemas de espaço dentro do gabinete? E, se um processador já é caro, comprar logo dois não é restringir a novidade para os mais abastados?

Ainda que tenha ganhado um impulso da Microsoft graças à comercialização de computadores mais potentes para o exigente Windows Vista, a popularização do conceito de computação de múltiplos núcleos ainda é uma realidade distante para que não haja dúvidas como as anteriores.

Para esclarecer dúvidas comuns sobre chips de núcleo duplo, o IDG Now! preparou um guia com os principais pontos que suscitam dúvidas dos usuários.

Para entender melhor chips de núcleo duplo, vale um esclarecimento sobre a maneira como processadores são feitos.

O dispositivo que você compra, sozinho ou dentro do seu PC, traz o núcleo de processamento encapsulado em um estojo, que representa a cara do chip.

Integrar dois núcleos ao mesmo chip não implica em processadores com o dobro de tamanho - em uma cápsula com alterações pontuais, basta que os fabricantes incluam dois núcleos de processamento, cujo tamanho não ultrapassa o de um selo.

processadores dual core e quad core

Em meados de 2005 foram lançados os primeiros processadores com dois núcleos, o Pentium D e o Pentium Extreme Edition. O Pentium D é formado por dois núcleos de Pentium 4, dentro do mesmo encapsulamento, porém sem a tecnologia HT (Hyper-Threading). O Pentium Extreme Edition é formado por dois núcleos de Pentium 4 HT. Depois vieram outros modelos, tanto da AMD quanto da Intel. No início de 2007, os processadores com mais de um núcleo já formavam uma generosa lista:

* Pentium D
* Pentium Extreme Edition
* Athlon 64 X2
* Athlon 64 FX (FX60 e superiores)
* Core 2 Duo
* Core 2 Quad
* Core 2 Extreme

Daremos agora mais detalhes técnicos sobre processadores de múltiplos núcleos.

Multiprocessamento
Placas mãe com dois ou mais processadores são normalmente usadas em servidores e estações de trabalho de alto desempenho. Usam processadores como o XEON e o Itanium (Intel) e o Opteron (AMD). O que os novos processadores duais têm de interessante é o fato de trazerem o multiprocessamento para os micros convencionais (desktop) e e para os notebooks.

Certos sistemas operacionais já oferecem suporte a múltiplos processadores há bastante tempo. Citamos o Windows NT, Windows 2000, Windows XP Professional, Windows 2003, Windows Vista e a maioria das implementações do Linux. Antes de existirem processadores com mais de um núcleo, a única forma de ter processamento dual era usando placas mãe com soquetes para vários processadores. Essas placas são comuns em servidores, há bastante tempo. A figura 26 mostra uma placa mãe com soquetes para dois processadores Intel Xeon, para uso em servidores. O multiprocessamento (uso de mais de um processador) existe em servidores desde meados dos anos 90, com processadores como o Pentium Pro, Pentium II Xeon e Pentium III Xeon, mas sempre com placas mãe para 2 ou 4 processadores.

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Figura 26 - Placa mãe para dois processadores Intel Xeon.

E para que é preciso usar multiprocessamento nos micros mais simples? Todos os que acompanham a evolução recente dos processadores estão a par das dificuldades dos fabricantes em produzirem modelos com clocks mais elevados. A Intel atingiu a marca de 3 GHz no final de 2002, e no início de 2007 ainda estava em 3,8 GHz. É uma contradição à Lei de Moore, que afirma empiricamente que os processadores tendem a dobrar de desempenho a cada 18 meses. Se aumentar o clock é difícil, por limitações tecnológicas, é menos difícil usar dois processadores iguais e de menor velocidade, aumentando bastante a velocidade de processamento.

Múltiplos processos
Atualmente os usuários executam diversos programas ao mesmo tempo. Com processadores comuns, esses programas são executados em pequenos intervalos de tempo de alguns milésimos de segundo, alternando entre os diversos programas. Esses intervalos são chamados de time slice. O usuário tem a sensação de que realmente o computador executa inúmeros programas ao mesmo tempo mas, na verdade, apenas um programa está sendo executado por vez.

Processadores duais permitem que sejam executados dois processos por vez, aumentando o desempenho global do computador.

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Figura 27 - Exemplo de lista de processos em execução sob o Windows XP, obtida com o Gerenciador de tarefas.

Hyper-Threading: uma preparação
No final de 2002 a Intel introduziu a tecnologia Hyper-Threading (HT), que é uma espécie de processamento dual simplificado. O processador Pentium 4 HT tem um só núcleo, mas diversos dos seus circuitos são duplicados, o que permite a execução de dois programas de cada vez. Como na verdade não são dois núcleos, o HT não oferece ganhos expressivos de velocidade, fica entre 10% e 30% com um pouco de sorte, dependendo da aplicação. O mérito nesse caso foi aproveitar seções ociosas do processador para executar programas em paralelo, mesmo sem dobrar a velocidade. Aliás, de uma forma geral, computadores com dois processadores não têm desempenho dobrado. Em média o aumento de desempenho para a maioria das aplicações fica em torno de 70% a 90% com o uso do segundo processador.

Nem todos os programas são beneficiados pela presença de dois núcleos. Por exemplo, a maioria dos jogos atuais ainda não faz uso deste recurso. Já os programas que tratam som, vídeo e fotos são muito beneficiados pela existência de dois núcleos. Em linhas gerais, este tipo de arquivo pode ser facilmente dividido em partes iguais e independentes (por exemplo, as duas metades de uma fotografia). Cada núcleo processará a metade do arquivo, e o tempo para terminar o trabalho tenderá a ser menor.

Apesar do HT não oferecer dois processadores verdadeiros, o processador é “visto” pelo sistema operacional como sendo dois processadores virtuais. Isso abriu caminho para que novos softwares fossem otimizados para processamento dual.

O problema do aquecimento
Dois núcleos significa duas vezes mais aquecimento. Apesar dos recentes melhoramentos que possibilitaram a redução do consumo elétrico dos processadores, o aquecimento ainda é muito grande. A maioria dos processadores duais dissipam mais de 100 watts. A tabela abaixo mostra alguns exemplos:

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Desde o lançamento do Pentium 4 Prescott, a Intel recomenda o uso de gabinetes com duto lateral para permitir a entrada de ar mais frio para resfriar o processador (figura 32). Sem duto lateral, o processador é refrigerado com ar na temperatura interna do gabinete, que é sempre mais elevada que a temperatura externa. Por exemplo, o ambiente pode estar a 25°C mas o interior do computador estar a 35°C. Sem duto lateral, o ar que é ventilado sobre o cooler do processador está com a temperatura de 35°C. Com o duto lateral, o ventilador do cooler do processador puxa o ar externo ao gabinete, que estaria no exemplo com apenas 25°C. Assim o processador é resfriado com mais facilidade.

Portanto para montar um computador com um processador de dois ou mais núcleos, é altamente recomendável que o gabinete tenha um duto lateral. Esse duto não precisa ter ventilador próprio, que às vezes pode até atrapalhar. O próprio cooler do processador, estando alinhado com o duto, provocará a entrada de ar.

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Figura 32 - Gabinete com duto lateral para ventilação do processador.

Pentium-D e Pentium Extreme Edition
O Pentium D possui dual core (dois processadores reais) ao invés da tecnologia HT (dois processadores virtuais). Já o Pentium Extreme Edition (não confundir com o modelo antigo, chamado Pentium 4 Extreme Edition) tem dois núcleos, cada um deles operando com HT. Este processador é visto então pelos programas como quatro processadores.

Esses foram os primeiros processadores dual core lançados pela Intel, em meados de 2005, e ainda à venda no início de 2007, mesmo depois do lançamento dos novos processadores com arquitetura Core. São como dois processadores independentes, dentro do mesmo encapsulamento. No início esses processadores eram muito caros, mas seus preços diminuíram bastante desde o seu lançamento. O Pentium D de 2.8 GHz já era vendido no início de 2007 por menos de 300 reais.

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Figura 33 - Interior do Pentium-D.

Imagine um processador Pentium 4 de 3.2 GHz e cache L2 de 1 MB. Agora imagine dois processadores iguais a este, dentro de um único chip. Este é processador Intel Pentium D. São dois processadores totalmente independentes, possibilitando a construção de um computador que até então só era possível com o uso de placas mãe “biprocessadas”, ou seja, com soquetes para dois processadores. A figura 33 mostra os dois núcleos do processador Pentium D. São mais de 200 milhões de transistores, formando dois núcleos iguais.

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Figura 34 - Representação do interior do um Pentium-D, com seus dois núcleos.

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Figura 35 - Pentium Extreme Edition: processador com dois núcleos HT.

O outro modelo de processador Intel com dual core é o Pentium Extreme Edition (não confundir com o Pentium 4 Extreme Edition). Tanto o Pentium D como o Pentium Extreme Edition usam o encapsulamento LGA 775.

Os modelos disponíveis
A tabela abaixo mostra os modelos disponíveis do Pentium D e do Pentium Extreme Edition, até o início de 2007. Uma tabela atualizada pode sempre ser obtida em:

http://processorfinder.intel.com

Todos os modelos de Pentium D e Pentium Extreme Edition usam o Socket LGA 775. O tamanho da cache L2 pode variar: duas seções de 1 MB ou duas seções de 2 MB. O processo de fabricação era inicialmente o de 90 nm, mas depois foram lançados modelos de 65 nm.

Pentium D
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Pentium Extreme Edition
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Ao comprar qualquer processador, temos que verificar além do preço e do clock interno, dois outros fatores muito importantes:

a) Tamanho da cache L2
b) Potência elétrica

Um processador com cache de 4 MB, por exemplo, tende a levar vantagem sobre outro com 2 MB. A questão da potência elétrica dissipada é muito importante. É difícil manter um processador que dissipa 130 watts operando em uma temperatura segura. É preciso usar um cooler especial e um gabinete muito bem ventilado. Já um processador que dissipa 95 watts é mais fácil de manter a uma temperatura segura. Observe por exemplo o Pentium D de 3.2 GHz, modelo 940. Vemos que existem dois tipos, um que dissipa 95 watts e um que dissipa 130 watts. Esses processadores são iguais em todas as características, exceto na dissipação de calor. Portanto é preferível comprar o modelo que dissipa 95 watts. Em caso como este, indicamos na tabela o S-Spec number (SL95W, SL94Q, etc). Esse número está estampado na face superior do processador, e também pode ser localizado no código impresso na caixa do produto.

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Figura 36 -Checando o S-Spec# na caixa do processador. O modelo ao lado é SL7PW.

O S-Spec# é um código de 5 dígitos, sempre começando com “S”. Na caixa do processador, faz parte do código do produto. Na figura 36 temos:

PROD CODE: BX80547PG3200EJSL7PW

Os cinco últimos dígitos indicam o S-Spec#, no exemplo é SL7PW. Você pode usar essa informação para decidir sobre uma compra, “desempatando” entre modelos com características mais desejáveis, como a menor dissipação de potência elétrica.

Suporte do chipset
Para usar esses processadores é preciso ter uma placa mãe com um chipset que os suporte. Este é o caso dos novos chipsets Intel 955X, 945P e 945G. Isto significa que se você tem uma placa mãe com soquete LGA 775, mas baseada na primeira geração de chips com este formato (915 e 925), não poderá instalar os novos processadores duais, pois é preciso comprar uma nova placa mãe com um dos novos chipsets. Chipsets Intel de gerações mais novas, como os das séries 965 e 975 também suportam o Pentium D e o Pentium Extreme Edition. Seja qual for o caso, é preciso consultar os sites dos fabricantes de placas mãe para saber exatamente quais são os processadores suportados por uma placa mãe. As informações do manual não são suficientes, pois a placa pode suportar novos processadores que não existiam na época em que foi impresso o seu manual. Em alguns casos pode ser necessário fazer uma atualização de BIOS para garantir o suporte a novos processadores.

Core 2 Duo, Core 2 Extreme, Core 2 Quad
Processadores Pentium D e Pentium Extreme Edition eram baseados no “velho” núcleo do Pentium 4, lançado em 2000. Esse núcleo usava a arquitetura chamada Intel Netburst. Apesar dos clocks serem elevados, essa arquitetura era menos eficiente que as usadas de outros processadores contemporâneos, como o Athlon e o Pentium M (plataforma Centrino, para notebooks). Por isso um Pentium 4 precisava operar com clock muito elevado para ter bom desempenho. Um Pentium 4 de 3.2 GHz tinha um desempenho próximo do de um Athlon 64 3200, que opera com apenas 2.0 GHz.

Em 2006 a Intel criou a nova arquitetura Core, baseada no núcleo do Pentium M, para substituir a arquitetura Netburst, que já completava seis anos. O Pentium D e o Pentium Extreme Edition usavam núcleos Netburst. Os novos processadores Core 2 Duo, Core 2 Quad e Core 2 Extreme usam a nova arquitetura Core, muito mais eficiente que a NetBurst.

O Pentium D e o Pentium Extreme Edition são na verdade formados por dois núcleos de Pentium 4, interligados e encapsulados juntos. A figura 37 ilustra um waffer de silício, no qual são fabricadas as pastilhas (die) que formam os núcleos dos processadores. Duas pastilhas, normalmente do mesmo waffer, são reunidas em um só processador.

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Figura 37 - O Pentium D e o Pentium Extreme Edition são formados por dois núcleos de Pentium 4 encapsulados juntos.

O ponto mais interessante dos processadores duais de arquitetura Core é que foram projetados duais desde o início. Cada pastilha (die) independente já é uma dupla de núcleos, interligados a uma cache L2 compartilhada. Cada núcleo usa a princípio a metade da cache L2, mas um núcleo pode usar parte da cache do outro núcleo. O resultado é um melhor aproveitamento da cache, e maior desempenho.

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Figura 38 - Pastilhas do Core 2 Duo e Core 2 Quad / Core 2 Extreme.

Cada pastilha de silício do Core 2 Duo (figura 3Cool integra dois núcleos. Processadores de quatro núcleos (Core 2 Quad e Core 2 Extreme) são formados por duas dessas pastilhas integradas no mesmo chip, formando quatro núcleos (figura 39).

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Figura 39 - Core 2 Quad.

Os processadores multicore da Intel, baseados na arquitetura Core, foram projetados levando em conta a redução do consumo de energia, usando técnicas antes empregadas em processadores para notebooks. Por exemplo, circuitos internos do processador que estão momentaneamente sem uso são desligados, e ligados rapidamente quando são solicitados.

Core 2 Duo
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Modelos ainda mais velozes foram chamados pela Intel de Core 2 Extreme. Também são duais, porém operam com clocks maiores, e têm cache de 4 MB ou 8 MB. Os dois primeiros modelos são apresentados na tabela abaixo.

Core 2 Extreme
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* O modelo QX6700 é na verdade um processador de quatro núcleos

Core 2 Quad
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Novos modelos desses processadores serão lançados em breve. A Intel introduziu em jan/2007 a nova tecnologia de fabricação de 45 nm. A nova geração de chips terá um consumo de corrente ainda menor. A redução do consumo é fundamental para viabilizar o lançamento de versões mais velozes. Observe que o Core 2 Quad foi inicialmente limitado a 2.4 GHz, dissipando 105 watts. Se fossem usados dois núcleos a 2.93 GHz (um Core 2 Extreme X6800 duplo), o consumo chegaria a 150 watts, um valor muito elevado.

É interessante notar que mesmo com clocks inferiores a 3 GHz, esses processadores têm desempenho maior que os da geração anterior, como o Pentium D.

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Figura 40 - Interior do Core 2 Quad: duas pastilhas de duplo núcleo, montadas no mesmo chip.

Athlon 64 X2
Praticamente na mesma época do lançamento do Pentium D e do Pentium Extreme Edition (segundo trimestre de 2005), a AMD também lançou seus processadores duais. São novos modelos do processador Opteron, para servidores, e o Athlon 64 X2, para uso em desktops, usando placas com Socket 939. Posteriormente foram lançados novos modelos com o Socket AM2, com suporte a memórias DDR2. Com seus dois núcleos, seu desempenho tende a ser de 50% a 100% maior, dependendo da aplicação. Os primeiros modelos foram produzidos com a tecnologia de fabricação de 90 nm, depois foram lançados novos modelos com 65 nm.

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Figura 41 - Athlon 64 X2. Este é um modelo 4800+.

Na época do lançamento do Athlon 64 X2, a AMD planejava aplicar os clocks mais elevados no processador Athlon 64 FX. Seria mais veloz que o Athlon 64 X2 para tarefas monoprocessadas (um só núcleo, maior clock). Esses planos não foram concretizados. O Athlon 64 FX, a partir do modelo FX60, também passou a ser um processador dual. Modelos do FX70, FX72 e FX74 usam o Socket F (o mesmo do Opteron), e podem ser instalados em placas mãe com dois soquetes. Seriam então dois processadores duais, totalizando quatro núcleos. É o que a AMD chama “plataforma Quad FX”.

Modelos disponíveis
Os primeiros modelos de Athlon 64 X2 foram o 4200+, 4400+, 4600+ e 4800+. Operam com clocks entre 2200 e 2400 MHz. Meses depois novos modelos foram lançados. As tabelas abaixo mostram os modelos disponíveis até o início de 2007. Uma lista atualizada pode ser obtida em www.amdcompare.com.

Athlon 64 X2
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OBS: Acabei de escrever o artigo e vejo que já existe um modelo 6000:
Athlon 64 X2 6000+, 3 GHz, Socket AM2, cache L2 de 2 x 1 MB, 90 nm e 125 watts.


Athlon 64 FX duais
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As tabelas apresentadas ajudam a identificar e a escolher processadores, levando em conta o clock interno, o tipo de soquete, o tamanho da cache L2 e a potência dissipada, mas note que existem muitos modelos parecidos. Poderíamos detalhar ainda mais as tabelas, mas não adiantaria muito pois estão sempre sendo lançados novos modelos, e a tabela ficaria incompleta.

É realmente necessário recorrer à página www.amdcompare.com para identificar corretamente um processador. Digamos que você quer comprar um Athlon 64 X2 4800+ e tenha encontrado modelos parecidos no mercado. A tabela mostra que entre os modelos 4800+ existem aqueles com Socket 939 e com Socket AM2, aqueles com cache de 2x512 kB e com cache de 2x1 MB, aqueles com clock de 2.4 e com clock de 2.5 GHz. E muito importante, modelos que dissipam 65, 89 e 110 watts. Quanto menor a potência elétrica, melhor. Mas você pode preferir maior cache, ou maior clock interno. Indo à página www.amdcompare.com podemos ver detalhes sobre todos esses modelos, como na tabela abaixo:

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Com as informações detalhadas fica fácil escolher. Digamos que nossa escolha seja o da quarta coluna, poir tem cache de 1 MB, Socket AM2, clock de 2.4 GHz e dissipa apenas 65 watts. Este é o modelo ADO4800IAA6CS (versão OEM) e ADO4800CSBOX (versão BOX). O número do modelo é estampado na face superior do processador, como vemos na figura 41.

Caches L1 e L2
Todos os modelos de Athlon 64 X2 possuem duas caches L1 de 128 kB, sendo uma para cada núcleo. Cada núcleo também possui sua própria cache L2, mas o tamanho varia de acordo com o modelo, como mostramos nas tabelas anteriores.

Comunicação interna entre os núcleos
Os processadores duais da AMD têm uma característica superior aos processadores Intel de primeira geração (Pentium D e Pentium Extreme Edition). A comunicação entre os dois núcleos é interna. Com isso existem duas grandes vantagens:

1) Maior desempenho na comunicação entre os processos em execução nos dois núcleos.

2) Do ponto de vista externo, o processador é visto pela placa mãe como um processador não dual. Por isso o Athlon 64 X2 não requer chipsets especiais. As novas placas mãe com Socket 939 já suportarão este processador dual, e as placas já existentes podem suportar o novo processador mediante uma atualização de BIOS.

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Figura 42 - Estrutura interna de um Athlon 64 X2

Processadores Pentium D e Pentium Extreme Edition não possuem ligações internas entre os seus dois núcleos. A comunicação é feita externamente ao chip, por isso requerem novos chipsets. O desempenho da comunicação entre processos (sendo executados em cada um dos dois núcleos), poderá ser prejudicado devido ao caminho externo (via FSB).

O Core 2 Duo, Core 2 Quad e Core 2 Extreme têm cada dupla de núcleos interligados internamente, assim como ocorre com o Athlon 64 X2. Ainda assim necessitam de placas mãe e chipsets próprios.

Arquitetura da placa mãe
As primeiras placas para Athlon 64 X2 eram placas comuns, com Socket 939, com as seguintes características:

* Socket 939
* Slot AGP e PCI
* Memórias DDR400

Pouco depois surgiram modelos com slot PCI Express x16 no lugar do AGP, e eventualmente mais slots PCI Express menores. Os modelos mais novos dessas placas possuem o novo Socket AM2:

* Socket AM2
* Slot PCI Express x16, x1, e x4
* Slots PCI convencionais
* Memórias DDR2

Exemplo de placa mãe para Athlon 64 X2
Devido ao fato do Athlon 64 X2 usar o próprio Socket 939 e ser compatível com chipsets para processadores Athlon 64 não duais, a maioria dos fabricantes de placas mãe lançou modelos com suporte ao novo processador. A placa da figura 43 é a ABIT K9N SLI.

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Figura 43 - Placa mãe para Athlon 64 X2.

Chama atenção nesta placa um duto metálico ligando o chipset ao dissipador de calor dos reguladores de voltagem, próximo ao processador. O chipset da placa é o Nvidia Nforce 570 SLI. Assim como outros chipsets para Ahtlon 64, este é formado por apenas um chip, não existe separação entre ponte norte e ponte sul. Vemos que esta placa tem dois slots PCI Express x16 e suporta a tecnologia SLI (Scalable Link Interface, da Nvidia). Permite a instalação de duas placas de vídeo (desde que sejam SLI compatíveis) operando em paralelo, o que tende a dobrar o desempenho gráfico.

Todas as placas mãe com Socket AM2 suportam o Athlon 64 X2. Já as placas com Socket 939 poderão suportar ou não. Lembre-se que quando o Athlon 64 X2 foi lançado, o Socket 939 já existia. As mais novas (meados de 2005 em diante) suportam, as anteriores poderão suportar ou não. Muitas das placas antigas com Socket 939 podem suportar o Athlon 64 X2 mediante uma atualização de BIOS. Procure nos sites dos fabricantes, informações sobre compatibilidade com o Athlon 64 X2. A figura 44 mostra algumas placas da ABIT, e vemos que três delas são compatíveis.

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Figura 44 - Verifique a compatibilidade com o Athlon 64 X2 no fabricante do site da placa mãe.

Para montar um micro com o Athlon 64 X2
Os conhecimentos deste livro permitem que você monte um micro com o Athlon 64 X2. As primeiras placas mãe para este processador tinham Socket 939, memórias DDR400 e slot AGP. As placas mãe atuais contam com novos recursos:

* Socket AM2
* Memórias DDR2
* Slot PCI Express x16 para a placa de vídeo
* Slots PCI comuns e PCI Express x1 / x4

Além disso será preciso um gabinete com boa ventilação, de preferência com duto lateral para entrada de ar. Use de preferência uma boa fonte de alimentação ATX 2.2 (24 pinos) ou EPS.

Coolers para processadores duais
É preciso tomar um cuidado especial com os coolers dos processadores duais que irão dissipar mais de 100 watts. Vimos que existem muitos modelos do Athlon 64 X2 que dissipam 65 ou 89 watts, e Core 2 Duo que dissipam 65 watts. Muitos modelos do Athlon 64 X2, Athlon 64 FX, Core 2 Quad, Core 2 Extreme, e sobretudo os campeões de calor, Pentium D e Pentium Extreme Edition, dissipam mais de 100 watts (o Pentium D com seus 95 watts também requer cuidados especiais). O cooler que acompanha o processador na versão Box em geral tem condições de manter o processador em uma temperatura segura, mas para isso é preciso que o interior do gabinete permaneça com temperatura máxima de 39 graus, o que nem sempre é conseguido. É preciso então trocar o cooler por um modelo mais potente.

Use o programa monitorador de voltagem/rotação/temperatura que acompanha a sua placa mãe para verificar a temperatura do processador. Se durante momentos de uso intenso (renderização de vídeo, por exemplo) a temperatura do processador ultrapassar o limite permitido, será preciso substituir o cooler do processador. O limite máximo de temperatura para cada processador pode ser consultado em www.amdcompare.com (AMD), em http://processorfinder.intel.com.

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Figura 45 - Cooler Thermaltake.

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Figura 46 - Heat Pipes.

A figura 45 mostra um cooler para processadores da família Athlon 64, fabricado pela Thermaltake. Os modelos com elevada capacidade de dissipação de calor são bastante caros, custam entre 100 e 200 reais. Os modelos para a família Athlon 64 servem para processadores com Socket 940, Socket 754, Socekt 939 e Socket AM2. O modelo da figura 45 tem base de cobre e “heat pipes”. São tubos de cobre que ligam diretamente a base, que coleta o calor do processador, até as aletas de ventilação, na sua parte mais próxima do ventilador. Dessa forma o calor gerado pelo processador pega um “atalho” para ser mais rapidamente dissipado.

A figura 47 mostra um outro cooler avançado, porém para Socket LGA 775, compatível com todos os processadores modernos da Intel, do Pentium 4 ao Core 2 Quad. Este modelo também é da Thermaltake, e possui base de cobre e heat pipes (figura 4Cool. Nos testes de que realizamos, somente este cooler conseguiu suportar os 130 watts gerados pelo Pentium Extreme Edition de 3.46 GHz, um dos processadores mais quentes do mercado.

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Figura 47 - Cooler especial para Socket 775.

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Figura 48 - Heat Pipes.

É caro usar um desses coolers para resolver problemas de aquecimento do processador. Meça a temperatura interna do gabinete. Se estiver muito acima de 40 graus, pode ser possível reduzi-la instalando um cooler melhor na parte traseira do gabinete, uma opção bem mais barata. Use um exaustor traseiro de 12 ou 14 cm ao invés de 8 cm, se a furação do gabinete for compatível. Se a furação suportar apenas coolers de 8 cm, instale um modelo com maior velocidade de rotação. Você pode ter idéia sobre a velocidade de rotação a partir da corrente elétrica indicada no cooler. Todos são de 12 volts, mas com corrente maior, a velocidade de rotação será maior. Por exemplo, é melhor usar um cooler de 0,4 A que um cooler de 0,24 A. Mas é bom avisar: normalmente maior velocidade de rotação também resulta em maior barulho.

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Figura 49 - Este ventilador de gabinete é de 12 volts e opera com corrente de 0,11A. É considerado um ventilador fraco. Modelos mais fortes chegam a 0,5A.

Processadores “Dual Core” e “Quad Core”

Em meados de 2005 foram lançados os primeiros processadores com dois núcleos, o Pentium D e o Pentium Extreme Edition. O Pentium D é formado por dois núcleos de Pentium 4, dentro do mesmo encapsulamento, porém sem a tecnologia HT (Hyper-Threading). O Pentium Extreme Edition é formado por dois núcleos de Pentium 4 HT. Depois vieram outros modelos, tanto da AMD quanto da Intel. No início de 2007, os processadores com mais de um núcleo já formavam uma generosa lista:

* Pentium D
* Pentium Extreme Edition
* Athlon 64 X2
* Athlon 64 FX (FX60 e superiores)
* Core 2 Duo
* Core 2 Quad
* Core 2 Extreme

Daremos agora mais detalhes técnicos sobre processadores de múltiplos núcleos.

Multiprocessamento
Placas mãe com dois ou mais processadores são normalmente usadas em servidores e estações de trabalho de alto desempenho. Usam processadores como o XEON e o Itanium (Intel) e o Opteron (AMD). O que os novos processadores duais têm de interessante é o fato de trazerem o multiprocessamento para os micros convencionais (desktop) e e para os notebooks.

Certos sistemas operacionais já oferecem suporte a múltiplos processadores há bastante tempo. Citamos o Windows NT, Windows 2000, Windows XP Professional, Windows 2003, Windows Vista e a maioria das implementações do Linux. Antes de existirem processadores com mais de um núcleo, a única forma de ter processamento dual era usando placas mãe com soquetes para vários processadores. Essas placas são comuns em servidores, há bastante tempo. A figura 26 mostra uma placa mãe com soquetes para dois processadores Intel Xeon, para uso em servidores. O multiprocessamento (uso de mais de um processador) existe em servidores desde meados dos anos 90, com processadores como o Pentium Pro, Pentium II Xeon e Pentium III Xeon, mas sempre com placas mãe para 2 ou 4 processadores.

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Figura 26 - Placa mãe para dois processadores Intel Xeon.

E para que é preciso usar multiprocessamento nos micros mais simples? Todos os que acompanham a evolução recente dos processadores estão a par das dificuldades dos fabricantes em produzirem modelos com clocks mais elevados. A Intel atingiu a marca de 3 GHz no final de 2002, e no início de 2007 ainda estava em 3,8 GHz. É uma contradição à Lei de Moore, que afirma empiricamente que os processadores tendem a dobrar de desempenho a cada 18 meses. Se aumentar o clock é difícil, por limitações tecnológicas, é menos difícil usar dois processadores iguais e de menor velocidade, aumentando bastante a velocidade de processamento.

Múltiplos processos
Atualmente os usuários executam diversos programas ao mesmo tempo. Com processadores comuns, esses programas são executados em pequenos intervalos de tempo de alguns milésimos de segundo, alternando entre os diversos programas. Esses intervalos são chamados de time slice. O usuário tem a sensação de que realmente o computador executa inúmeros programas ao mesmo tempo mas, na verdade, apenas um programa está sendo executado por vez.

Processadores duais permitem que sejam executados dois processos por vez, aumentando o desempenho global do computador.

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Figura 27 - Exemplo de lista de processos em execução sob o Windows XP, obtida com o Gerenciador de tarefas.

Hyper-Threading: uma preparação
No final de 2002 a Intel introduziu a tecnologia Hyper-Threading (HT), que é uma espécie de processamento dual simplificado. O processador Pentium 4 HT tem um só núcleo, mas diversos dos seus circuitos são duplicados, o que permite a execução de dois programas de cada vez. Como na verdade não são dois núcleos, o HT não oferece ganhos expressivos de velocidade, fica entre 10% e 30% com um pouco de sorte, dependendo da aplicação. O mérito nesse caso foi aproveitar seções ociosas do processador para executar programas em paralelo, mesmo sem dobrar a velocidade. Aliás, de uma forma geral, computadores com dois processadores não têm desempenho dobrado. Em média o aumento de desempenho para a maioria das aplicações fica em torno de 70% a 90% com o uso do segundo processador.

Nem todos os programas são beneficiados pela presença de dois núcleos. Por exemplo, a maioria dos jogos atuais ainda não faz uso deste recurso. Já os programas que tratam som, vídeo e fotos são muito beneficiados pela existência de dois núcleos. Em linhas gerais, este tipo de arquivo pode ser facilmente dividido em partes iguais e independentes (por exemplo, as duas metades de uma fotografia). Cada núcleo processará a metade do arquivo, e o tempo para terminar o trabalho tenderá a ser menor.

Apesar do HT não oferecer dois processadores verdadeiros, o processador é “visto” pelo sistema operacional como sendo dois processadores virtuais. Isso abriu caminho para que novos softwares fossem otimizados para processamento dual.

O problema do aquecimento
Dois núcleos significa duas vezes mais aquecimento. Apesar dos recentes melhoramentos que possibilitaram a redução do consumo elétrico dos processadores, o aquecimento ainda é muito grande. A maioria dos processadores duais dissipam mais de 100 watts. A tabela abaixo mostra alguns exemplos:

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Desde o lançamento do Pentium 4 Prescott, a Intel recomenda o uso de gabinetes com duto lateral para permitir a entrada de ar mais frio para resfriar o processador (figura 32). Sem duto lateral, o processador é refrigerado com ar na temperatura interna do gabinete, que é sempre mais elevada que a temperatura externa. Por exemplo, o ambiente pode estar a 25°C mas o interior do computador estar a 35°C. Sem duto lateral, o ar que é ventilado sobre o cooler do processador está com a temperatura de 35°C. Com o duto lateral, o ventilador do cooler do processador puxa o ar externo ao gabinete, que estaria no exemplo com apenas 25°C. Assim o processador é resfriado com mais facilidade.

Portanto para montar um computador com um processador de dois ou mais núcleos, é altamente recomendável que o gabinete tenha um duto lateral. Esse duto não precisa ter ventilador próprio, que às vezes pode até atrapalhar. O próprio cooler do processador, estando alinhado com o duto, provocará a entrada de ar.

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Figura 32 - Gabinete com duto lateral para ventilação do processador.

Pentium-D e Pentium Extreme Edition
O Pentium D possui dual core (dois processadores reais) ao invés da tecnologia HT (dois processadores virtuais). Já o Pentium Extreme Edition (não confundir com o modelo antigo, chamado Pentium 4 Extreme Edition) tem dois núcleos, cada um deles operando com HT. Este processador é visto então pelos programas como quatro processadores.

Esses foram os primeiros processadores dual core lançados pela Intel, em meados de 2005, e ainda à venda no início de 2007, mesmo depois do lançamento dos novos processadores com arquitetura Core. São como dois processadores independentes, dentro do mesmo encapsulamento. No início esses processadores eram muito caros, mas seus preços diminuíram bastante desde o seu lançamento. O Pentium D de 2.8 GHz já era vendido no início de 2007 por menos de 300 reais.

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Figura 33 - Interior do Pentium-D.

Imagine um processador Pentium 4 de 3.2 GHz e cache L2 de 1 MB. Agora imagine dois processadores iguais a este, dentro de um único chip. Este é processador Intel Pentium D. São dois processadores totalmente independentes, possibilitando a construção de um computador que até então só era possível com o uso de placas mãe “biprocessadas”, ou seja, com soquetes para dois processadores. A figura 33 mostra os dois núcleos do processador Pentium D. São mais de 200 milhões de transistores, formando dois núcleos iguais.

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Figura 34 - Representação do interior do um Pentium-D, com seus dois núcleos.

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Figura 35 - Pentium Extreme Edition: processador com dois núcleos HT.

O outro modelo de processador Intel com dual core é o Pentium Extreme Edition (não confundir com o Pentium 4 Extreme Edition). Tanto o Pentium D como o Pentium Extreme Edition usam o encapsulamento LGA 775.

Os modelos disponíveis
A tabela abaixo mostra os modelos disponíveis do Pentium D e do Pentium Extreme Edition, até o início de 2007. Uma tabela atualizada pode sempre ser obtida em:

http://processorfinder.intel.com

Todos os modelos de Pentium D e Pentium Extreme Edition usam o Socket LGA 775. O tamanho da cache L2 pode variar: duas seções de 1 MB ou duas seções de 2 MB. O processo de fabricação era inicialmente o de 90 nm, mas depois foram lançados modelos de 65 nm.

Pentium D
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Pentium Extreme Edition
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Ao comprar qualquer processador, temos que verificar além do preço e do clock interno, dois outros fatores muito importantes:

a) Tamanho da cache L2
b) Potência elétrica

Um processador com cache de 4 MB, por exemplo, tende a levar vantagem sobre outro com 2 MB. A questão da potência elétrica dissipada é muito importante. É difícil manter um processador que dissipa 130 watts operando em uma temperatura segura. É preciso usar um cooler especial e um gabinete muito bem ventilado. Já um processador que dissipa 95 watts é mais fácil de manter a uma temperatura segura. Observe por exemplo o Pentium D de 3.2 GHz, modelo 940. Vemos que existem dois tipos, um que dissipa 95 watts e um que dissipa 130 watts. Esses processadores são iguais em todas as características, exceto na dissipação de calor. Portanto é preferível comprar o modelo que dissipa 95 watts. Em caso como este, indicamos na tabela o S-Spec number (SL95W, SL94Q, etc). Esse número está estampado na face superior do processador, e também pode ser localizado no código impresso na caixa do produto.

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Figura 36 -Checando o S-Spec# na caixa do processador. O modelo ao lado é SL7PW.

O S-Spec# é um código de 5 dígitos, sempre começando com “S”. Na caixa do processador, faz parte do código do produto. Na figura 36 temos:

PROD CODE: BX80547PG3200EJSL7PW

Os cinco últimos dígitos indicam o S-Spec#, no exemplo é SL7PW. Você pode usar essa informação para decidir sobre uma compra, “desempatando” entre modelos com características mais desejáveis, como a menor dissipação de potência elétrica.

Suporte do chipset
Para usar esses processadores é preciso ter uma placa mãe com um chipset que os suporte. Este é o caso dos novos chipsets Intel 955X, 945P e 945G. Isto significa que se você tem uma placa mãe com soquete LGA 775, mas baseada na primeira geração de chips com este formato (915 e 925), não poderá instalar os novos processadores duais, pois é preciso comprar uma nova placa mãe com um dos novos chipsets. Chipsets Intel de gerações mais novas, como os das séries 965 e 975 também suportam o Pentium D e o Pentium Extreme Edition. Seja qual for o caso, é preciso consultar os sites dos fabricantes de placas mãe para saber exatamente quais são os processadores suportados por uma placa mãe. As informações do manual não são suficientes, pois a placa pode suportar novos processadores que não existiam na época em que foi impresso o seu manual. Em alguns casos pode ser necessário fazer uma atualização de BIOS para garantir o suporte a novos processadores.

Core 2 Duo, Core 2 Extreme, Core 2 Quad
Processadores Pentium D e Pentium Extreme Edition eram baseados no “velho” núcleo do Pentium 4, lançado em 2000. Esse núcleo usava a arquitetura chamada Intel Netburst. Apesar dos clocks serem elevados, essa arquitetura era menos eficiente que as usadas de outros processadores contemporâneos, como o Athlon e o Pentium M (plataforma Centrino, para notebooks). Por isso um Pentium 4 precisava operar com clock muito elevado para ter bom desempenho. Um Pentium 4 de 3.2 GHz tinha um desempenho próximo do de um Athlon 64 3200, que opera com apenas 2.0 GHz.

Em 2006 a Intel criou a nova arquitetura Core, baseada no núcleo do Pentium M, para substituir a arquitetura Netburst, que já completava seis anos. O Pentium D e o Pentium Extreme Edition usavam núcleos Netburst. Os novos processadores Core 2 Duo, Core 2 Quad e Core 2 Extreme usam a nova arquitetura Core, muito mais eficiente que a NetBurst.

O Pentium D e o Pentium Extreme Edition são na verdade formados por dois núcleos de Pentium 4, interligados e encapsulados juntos. A figura 37 ilustra um waffer de silício, no qual são fabricadas as pastilhas (die) que formam os núcleos dos processadores. Duas pastilhas, normalmente do mesmo waffer, são reunidas em um só processador.

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Figura 37 - O Pentium D e o Pentium Extreme Edition são formados por dois núcleos de Pentium 4 encapsulados juntos.

O ponto mais interessante dos processadores duais de arquitetura Core é que foram projetados duais desde o início. Cada pastilha (die) independente já é uma dupla de núcleos, interligados a uma cache L2 compartilhada. Cada núcleo usa a princípio a metade da cache L2, mas um núcleo pode usar parte da cache do outro núcleo. O resultado é um melhor aproveitamento da cache, e maior desempenho.

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Figura 38 - Pastilhas do Core 2 Duo e Core 2 Quad / Core 2 Extreme.

Cada pastilha de silício do Core 2 Duo (figura 3Cool integra dois núcleos. Processadores de quatro núcleos (Core 2 Quad e Core 2 Extreme) são formados por duas dessas pastilhas integradas no mesmo chip, formando quatro núcleos (figura 39).

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Figura 39 - Core 2 Quad.

Os processadores multicore da Intel, baseados na arquitetura Core, foram projetados levando em conta a redução do consumo de energia, usando técnicas antes empregadas em processadores para notebooks. Por exemplo, circuitos internos do processador que estão momentaneamente sem uso são desligados, e ligados rapidamente quando são solicitados.

Core 2 Duo
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Modelos ainda mais velozes foram chamados pela Intel de Core 2 Extreme. Também são duais, porém operam com clocks maiores, e têm cache de 4 MB ou 8 MB. Os dois primeiros modelos são apresentados na tabela abaixo.

Core 2 Extreme
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* O modelo QX6700 é na verdade um processador de quatro núcleos

Core 2 Quad
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Novos modelos desses processadores serão lançados em breve. A Intel introduziu em jan/2007 a nova tecnologia de fabricação de 45 nm. A nova geração de chips terá um consumo de corrente ainda menor. A redução do consumo é fundamental para viabilizar o lançamento de versões mais velozes. Observe que o Core 2 Quad foi inicialmente limitado a 2.4 GHz, dissipando 105 watts. Se fossem usados dois núcleos a 2.93 GHz (um Core 2 Extreme X6800 duplo), o consumo chegaria a 150 watts, um valor muito elevado.

É interessante notar que mesmo com clocks inferiores a 3 GHz, esses processadores têm desempenho maior que os da geração anterior, como o Pentium D.

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Figura 40 - Interior do Core 2 Quad: duas pastilhas de duplo núcleo, montadas no mesmo chip.

Athlon 64 X2
Praticamente na mesma época do lançamento do Pentium D e do Pentium Extreme Edition (segundo trimestre de 2005), a AMD também lançou seus processadores duais. São novos modelos do processador Opteron, para servidores, e o Athlon 64 X2, para uso em desktops, usando placas com Socket 939. Posteriormente foram lançados novos modelos com o Socket AM2, com suporte a memórias DDR2. Com seus dois núcleos, seu desempenho tende a ser de 50% a 100% maior, dependendo da aplicação. Os primeiros modelos foram produzidos com a tecnologia de fabricação de 90 nm, depois foram lançados novos modelos com 65 nm.

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Figura 41 - Athlon 64 X2. Este é um modelo 4800+.

Na época do lançamento do Athlon 64 X2, a AMD planejava aplicar os clocks mais elevados no processador Athlon 64 FX. Seria mais veloz que o Athlon 64 X2 para tarefas monoprocessadas (um só núcleo, maior clock). Esses planos não foram concretizados. O Athlon 64 FX, a partir do modelo FX60, também passou a ser um processador dual. Modelos do FX70, FX72 e FX74 usam o Socket F (o mesmo do Opteron), e podem ser instalados em placas mãe com dois soquetes. Seriam então dois processadores duais, totalizando quatro núcleos. É o que a AMD chama “plataforma Quad FX”.

Modelos disponíveis
Os primeiros modelos de Athlon 64 X2 foram o 4200+, 4400+, 4600+ e 4800+. Operam com clocks entre 2200 e 2400 MHz. Meses depois novos modelos foram lançados. As tabelas abaixo mostram os modelos disponíveis até o início de 2007. Uma lista atualizada pode ser obtida em www.amdcompare.com.

Athlon 64 X2
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OBS: Acabei de escrever o artigo e vejo que já existe um modelo 6000:
Athlon 64 X2 6000+, 3 GHz, Socket AM2, cache L2 de 2 x 1 MB, 90 nm e 125 watts.


Athlon 64 FX duais
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As tabelas apresentadas ajudam a identificar e a escolher processadores, levando em conta o clock interno, o tipo de soquete, o tamanho da cache L2 e a potência dissipada, mas note que existem muitos modelos parecidos. Poderíamos detalhar ainda mais as tabelas, mas não adiantaria muito pois estão sempre sendo lançados novos modelos, e a tabela ficaria incompleta.

É realmente necessário recorrer à página www.amdcompare.com para identificar corretamente um processador. Digamos que você quer comprar um Athlon 64 X2 4800+ e tenha encontrado modelos parecidos no mercado. A tabela mostra que entre os modelos 4800+ existem aqueles com Socket 939 e com Socket AM2, aqueles com cache de 2x512 kB e com cache de 2x1 MB, aqueles com clock de 2.4 e com clock de 2.5 GHz. E muito importante, modelos que dissipam 65, 89 e 110 watts. Quanto menor a potência elétrica, melhor. Mas você pode preferir maior cache, ou maior clock interno. Indo à página www.amdcompare.com podemos ver detalhes sobre todos esses modelos, como na tabela abaixo:

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Com as informações detalhadas fica fácil escolher. Digamos que nossa escolha seja o da quarta coluna, poir tem cache de 1 MB, Socket AM2, clock de 2.4 GHz e dissipa apenas 65 watts. Este é o modelo ADO4800IAA6CS (versão OEM) e ADO4800CSBOX (versão BOX). O número do modelo é estampado na face superior do processador, como vemos na figura 41.

Caches L1 e L2
Todos os modelos de Athlon 64 X2 possuem duas caches L1 de 128 kB, sendo uma para cada núcleo. Cada núcleo também possui sua própria cache L2, mas o tamanho varia de acordo com o modelo, como mostramos nas tabelas anteriores.

Comunicação interna entre os núcleos
Os processadores duais da AMD têm uma característica superior aos processadores Intel de primeira geração (Pentium D e Pentium Extreme Edition). A comunicação entre os dois núcleos é interna. Com isso existem duas grandes vantagens:

1) Maior desempenho na comunicação entre os processos em execução nos dois núcleos.

2) Do ponto de vista externo, o processador é visto pela placa mãe como um processador não dual. Por isso o Athlon 64 X2 não requer chipsets especiais. As novas placas mãe com Socket 939 já suportarão este processador dual, e as placas já existentes podem suportar o novo processador mediante uma atualização de BIOS.

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Figura 42 - Estrutura interna de um Athlon 64 X2

Processadores Pentium D e Pentium Extreme Edition não possuem ligações internas entre os seus dois núcleos. A comunicação é feita externamente ao chip, por isso requerem novos chipsets. O desempenho da comunicação entre processos (sendo executados em cada um dos dois núcleos), poderá ser prejudicado devido ao caminho externo (via FSB).

O Core 2 Duo, Core 2 Quad e Core 2 Extreme têm cada dupla de núcleos interligados internamente, assim como ocorre com o Athlon 64 X2. Ainda assim necessitam de placas mãe e chipsets próprios.

Arquitetura da placa mãe
As primeiras placas para Athlon 64 X2 eram placas comuns, com Socket 939, com as seguintes características:

* Socket 939
* Slot AGP e PCI
* Memórias DDR400

Pouco depois surgiram modelos com slot PCI Express x16 no lugar do AGP, e eventualmente mais slots PCI Express menores. Os modelos mais novos dessas placas possuem o novo Socket AM2:

* Socket AM2
* Slot PCI Express x16, x1, e x4
* Slots PCI convencionais
* Memórias DDR2

Exemplo de placa mãe para Athlon 64 X2
Devido ao fato do Athlon 64 X2 usar o próprio Socket 939 e ser compatível com chipsets para processadores Athlon 64 não duais, a maioria dos fabricantes de placas mãe lançou modelos com suporte ao novo processador. A placa da figura 43 é a ABIT K9N SLI.

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Figura 43 - Placa mãe para Athlon 64 X2.

Chama atenção nesta placa um duto metálico ligando o chipset ao dissipador de calor dos reguladores de voltagem, próximo ao processador. O chipset da placa é o Nvidia Nforce 570 SLI. Assim como outros chipsets para Ahtlon 64, este é formado por apenas um chip, não existe separação entre ponte norte e ponte sul. Vemos que esta placa tem dois slots PCI Express x16 e suporta a tecnologia SLI (Scalable Link Interface, da Nvidia). Permite a instalação de duas placas de vídeo (desde que sejam SLI compatíveis) operando em paralelo, o que tende a dobrar o desempenho gráfico.

Todas as placas mãe com Socket AM2 suportam o Athlon 64 X2. Já as placas com Socket 939 poderão suportar ou não. Lembre-se que quando o Athlon 64 X2 foi lançado, o Socket 939 já existia. As mais novas (meados de 2005 em diante) suportam, as anteriores poderão suportar ou não. Muitas das placas antigas com Socket 939 podem suportar o Athlon 64 X2 mediante uma atualização de BIOS. Procure nos sites dos fabricantes, informações sobre compatibilidade com o Athlon 64 X2. A figura 44 mostra algumas placas da ABIT, e vemos que três delas são compatíveis.

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Figura 44 - Verifique a compatibilidade com o Athlon 64 X2 no fabricante do site da placa mãe.

Para montar um micro com o Athlon 64 X2
Os conhecimentos deste livro permitem que você monte um micro com o Athlon 64 X2. As primeiras placas mãe para este processador tinham Socket 939, memórias DDR400 e slot AGP. As placas mãe atuais contam com novos recursos:

* Socket AM2
* Memórias DDR2
* Slot PCI Express x16 para a placa de vídeo
* Slots PCI comuns e PCI Express x1 / x4

Além disso será preciso um gabinete com boa ventilação, de preferência com duto lateral para entrada de ar. Use de preferência uma boa fonte de alimentação ATX 2.2 (24 pinos) ou EPS.

Coolers para processadores duais
É preciso tomar um cuidado especial com os coolers dos processadores duais que irão dissipar mais de 100 watts. Vimos que existem muitos modelos do Athlon 64 X2 que dissipam 65 ou 89 watts, e Core 2 Duo que dissipam 65 watts. Muitos modelos do Athlon 64 X2, Athlon 64 FX, Core 2 Quad, Core 2 Extreme, e sobretudo os campeões de calor, Pentium D e Pentium Extreme Edition, dissipam mais de 100 watts (o Pentium D com seus 95 watts também requer cuidados especiais). O cooler que acompanha o processador na versão Box em geral tem condições de manter o processador em uma temperatura segura, mas para isso é preciso que o interior do gabinete permaneça com temperatura máxima de 39 graus, o que nem sempre é conseguido. É preciso então trocar o cooler por um modelo mais potente.

Use o programa monitorador de voltagem/rotação/temperatura que acompanha a sua placa mãe para verificar a temperatura do processador. Se durante momentos de uso intenso (renderização de vídeo, por exemplo) a temperatura do processador ultrapassar o limite permitido, será preciso substituir o cooler do processador. O limite máximo de temperatura para cada processador pode ser consultado em www.amdcompare.com (AMD), em http://processorfinder.intel.com.

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Figura 45 - Cooler Thermaltake.

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Figura 46 - Heat Pipes.

A figura 45 mostra um cooler para processadores da família Athlon 64, fabricado pela Thermaltake. Os modelos com elevada capacidade de dissipação de calor são bastante caros, custam entre 100 e 200 reais. Os modelos para a família Athlon 64 servem para processadores com Socket 940, Socket 754, Socekt 939 e Socket AM2. O modelo da figura 45 tem base de cobre e “heat pipes”. São tubos de cobre que ligam diretamente a base, que coleta o calor do processador, até as aletas de ventilação, na sua parte mais próxima do ventilador. Dessa forma o calor gerado pelo processador pega um “atalho” para ser mais rapidamente dissipado.

A figura 47 mostra um outro cooler avançado, porém para Socket LGA 775, compatível com todos os processadores modernos da Intel, do Pentium 4 ao Core 2 Quad. Este modelo também é da Thermaltake, e possui base de cobre e heat pipes (figura 4Cool. Nos testes de que realizamos, somente este cooler conseguiu suportar os 130 watts gerados pelo Pentium Extreme Edition de 3.46 GHz, um dos processadores mais quentes do mercado.

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Figura 47 - Cooler especial para Socket 775.

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Figura 48 - Heat Pipes.

É caro usar um desses coolers para resolver problemas de aquecimento do processador. Meça a temperatura interna do gabinete. Se estiver muito acima de 40 graus, pode ser possível reduzi-la instalando um cooler melhor na parte traseira do gabinete, uma opção bem mais barata. Use um exaustor traseiro de 12 ou 14 cm ao invés de 8 cm, se a furação do gabinete for compatível. Se a furação suportar apenas coolers de 8 cm, instale um modelo com maior velocidade de rotação. Você pode ter idéia sobre a velocidade de rotação a partir da corrente elétrica indicada no cooler. Todos são de 12 volts, mas com corrente maior, a velocidade de rotação será maior. Por exemplo, é melhor usar um cooler de 0,4 A que um cooler de 0,24 A. Mas é bom avisar: normalmente maior velocidade de rotação também resulta em maior barulho.

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Figura 49 - Este ventilador de gabinete é de 12 volts e opera com corrente de 0,11A. É considerado um ventilador fraco. Modelos mais fortes chegam a 0,5A.